sábado, 28 de fevereiro de 2009

EFEMERIDADES


LEITURA 27/02/2009: EFEMERIDADES...

ATRIZES:
JUSSARA MATHIAS
E
MIRELLA MATOS

MÚSICO:
LUCAS DOURADO

TEXTOS:
KARINA RABNOVITZ
ELISA LUCINDA


currículo
meu nome eu mesma.
meu endereço em mim.
meu cadastro de pessoa física este corpo,
que dentro é céu e é jardim.
meu registro geral não foi registrado
e desde meu nascimento,
numa quarta-feira de cinzas,
nutro certo encantamento,
por tudo que não é numerado.
meu telefone anda ocupado,
uma família de pássaros fez um ninho
bem no fio da minha linha
desde então, ali só se aninha
o canto de uma mãe que espera.
pra falar comigo,
só mesmo depois da primavera,
quando do nascimento do novo passarinho.
minha formação profissional
segue um caminho
amador.
já que insisto no amor.
a formação que me interessa é emocional.
minhas atividades atuais:
pensar na vida
e uma corrida sem fim à beira-mar...
encontrar saídas e
encontrar entradas,
para essa vontade desmedida
de viver, de amar.
por fim, minhas referências pessoais,
é melhor que eu não diga
ou que você pergunte a ninguém...
elas serão sempre mais.
mais verdadeiro
que você descubra,
na convivência comigo,
meu tempero,
minha loucura,
minha ternura,
meu desassossego...
então?
é meu, o emprego?
(Karina Rabnovitz)

Um comentário:

  1. Olá, povo das Leituras Musicadas! Não conhecia este projeto. Adorei. É muito interessante. Gostaria de saber se vocês leem texto de pessoas que não publicaram ainda no New York Times, assim como eu. É que meus textos só são lidos por pessoas muito especiais, tais como minha mãe, irmã, tia... Não é porque eu pago a eles, não, isso não tem nada a ver. É só um detalhe. Mas uma grana ajuda a conseguir alguns leitores, ainda que sejam da família. Mas gostaria de conquistar outro tipo de público que não seja o caseiro. Se quiserem entrar em com tato, escrevam, escrevam, escrevam, que vou ler e responder sem sofrer, com prazer. Meu e-mail é luisclaudiopo@hotmail.com.

    Parabéns por um projeto muito instigante, que divulga a Literatura, a cultura, a doçura, loucura nas alturas, sem frescura, com ternura.

    Ah! Chega! Agora é hora de deixá-los em paz, nada mais.

    Luís Cláudio

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